Fala-se de morte assistida, de morrer com dignidade, da possibilidade de se evitar um processo de extremo sofrimento, fazendo uso de procedimentos médicos que apressam uma morte tão certa quanto as outras, mas mais presente por estar anunciada.
Pergunto: Haverá algo mais digno na morte do que aceitá-la quando esta chega em vez de corrermos em busca dela? Haverá assistência mais desejada no momento da partida que aquela que nos é dada pelos que amamos? Será menos penoso deixar o mundo num espaço asséptico e frio do que no calor do lar que criámos?
O momento da morte tem vindo a desaparecer da naturalidade da vida, transferindo-se para os bastidores dos hospitais, longe do olhar e das mãos familiares que acabam por se despedir da pessoa que amam quando ela já partiu. Urge conceder a este momento o protagonismo que merece, sem o dividir com artifícios que procuram na ciência justificações que não lhe pertencem.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário