terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Novo sitio na Internet

www.envelhecer.org

Obrigada aos que não nos deixam publicamente agradecer, mas cujo voluntário trabalho e precioso tempo foram fundamentais para esta morada ter uma página tão parcimoniosamente construída!

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2 comentários:

Anónimo disse...

Eu e a Ana conhecemos a D. Inês este Natal. A D.Inês nasceu em 1923 numa pequena aldeia no concelho de Grandola. Andou na escola pouco tempo. Cedo começou a trabalhar nas minas de Aljustrel onde separava as pedras nos vagões. Mais tarde, foi trabalhar para Ferreira do Alentejo, para a casa de uma senhora. Aí viveu alguns anos. Fez amizades, todos gostavam dela.
Um dia, apareceu por lá um rapaz que a queria namorar. Nessa altura, só namoravam à janela e em alguns dias da semana. Até que, um dia, o rapaz infringiu as regras do namoro e a partir daí, a D.Inês mandou-o embora e disse que nunca mais o queria voltar a ver...
Nesse tempo, as amigas levavam-lhe as cartas dos namorados para ela as ler e era ela quem também lhes escrevia as respostas. Sentia que os namorava a todos.
Um dia, a D. Inês viu passar na sua rua outro rapaz... alto e encorpado num belo fato domingueiro. Foi amor à primeira vista. Disse para ela que era um rapaz assim que queria para casar. Um dia o rapaz apareceu em casa dela e pediu-a em casamento. Casaram.
Passado algum tempo, ele foi para África e de lá, voltava de tempos a tempos. Por estar ausente muito tempo, ele nunca quis ter filhos. Um dia, quando voltou de África, vinha diferente, muito agressivo. Decidiram deixar o Alentejo e ir viver para Setúbal mas isso não modificou o seu carácter. Continuava a ser mau para ela. Batia-lhe a fechava-a no quarto para ela não poder sair. Tinha ciumes de todos os homens. Mais tarde ele adoeceu, mas mesmo assim ela ficou ao seu lado. Até ao fim. Hoje a D. Inês vive sozinha em Setúbal. Tem 85 anos e um sentimento de tristeza e arrependimento por ter desperdiçado a sua vida com um homem que nunca a amou. Contou-nos a sua história e, em troca de uma manta... aconcelhou-nos a lutar pela nossa felicidade.

EcP disse...

Após ler o seu testemunho, a "Envelhecer com Prazer" ficou radiante por ter sido realmente uma "troca justa". A lição de vida da D. Inês é útil a todo o ser humano: devemos lutar pela felicidade.
Ora... o importante era ganhar algo positivo com a experiência. Parece-nos que a Raquel atingiu o objectivo subjacente a todo o evento. Parabéns! e Obrigado pelo seu caloroso e sumarento comentário!
Um abraço!